segunda-feira, 30 de novembro de 2009

SUICÍDIOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA

A seguir apresento um resumo do trabalho sobre o suicídio no Estado de Santa Catarina/Brasil, que foi divulgado na Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul:
Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
Print version ISSN 0101-8108
Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul vol.30 no.2 Porto Alegre May/Aug. 2008

Ricardo SchmittI; Maria Gabriela LangII; João QuevedoIII; Talita ColomboII
IMestre. Professor titular, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Comunitária Regional de Chapecó (UNOCHAPECÓ), Chapecó, SC. Coordenador, Grupo de Pesquisa em Epidemiologia Clínica (EPICLIN), Chapecó, SC.
IIAcadêmica de Medicina, UNOCHAPECÓ. Pesquisadora, EPICLIN.
IIIDoutor em Ciências Biológicas: Bioquímica. Professor titular e coordenador, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Unidade Acadêmica de Ciências da Saúde, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC.




RESULTADOS: O coeficiente médio de suicídios no extremo oeste foi de 10 casos para cada 100.000 habitantes. A proporção entre homens e mulheres foi de 3:1. Os índices apresentaram aumento de mais de 50% em ambos os sexos e em todas as faixas etárias no período estudado. O enforcamento representa 76% dos casos entre os homens e 73% entre as mulheres.

Ocorreram 1.669 suicídios no extremo oeste catarinense entre 1980 e 2005. Desse total, 11 casos tinham a idade ignorada, sendo 10 do sexo masculino e um do sexo feminino. Esses dados foram excluídos das análises conforme a faixa etária, mas foram mantidos no cálculo segundo o gênero.
No período analisado (1980 a 2005), o estado de SC apresentou um coeficiente médio de mortalidade por suicídio igual a sete casos/100.000 habitantes, enquanto a média brasileira não passou de quatro óbitos para cada 100.000 habitantes. O extremo oeste catarinense representou 20% do total de suicídios no estado nesses 25 anos (1.669 casos de um total de 8.248), ficando atrás somente da região do Vale do Itajaí, que totalizou 21% dos óbitos. O coeficiente médio de mortalidade do extremo oeste indicou um índice de 10 mortes/100.000 habitantes, sendo o maior do estado. Todas as macrorregiões apresentaram um crescimento no número de suicídios no período estudado, praticamente dobrando os seus índices entre o ano de 1980 e 2005.

TENTATIVA DE SUICÍDIO

Os estudos indicam ainda que, para cada suicídio consumado, ocorram pelo menos 10 tentativas sérias, que demandam atenção médica e aumento de custos para o sistema público


FAIXA ETÁRIA DOS SUICÍDAS

As faixas etárias foram descritas conforme a padronização da OMS e agrupadas em quatro grandes grupos: a) 10 aos 19 anos; b) 20 aos 39 anos; c) 40 aos 59 anos; d) 60 anos ou mais.

Estudos mostram que entre os 20 e 59 anos de idade o índice de suicídio é mais elevado e depois passa a ter uma queda.




Em Santa Catarina entre 1980 e 2005 os dados sobre suicídio nas faixas etárias são os seguintes:
Na análise estratificada por faixa etária, o coeficiente de mortes por suicídio apresentou índices progressivamente mais altos conforme o avanço da idade em todos os anos estudados e em ambos os sexos (Tabela 3). Por outro lado, em números absolutos, a maioria das mortes ocorreu na faixa entre 20 e 49 anos. Os coeficientes masculinos variaram de 4/100.000 na faixa entre 10 e 19 anos até 60/100.000 nos indivíduos acima de 60 anos de idade. Esses índices foram calculados considerando o número de suicídios e a população média do período para cada estrato etário.
(Rev. Psiquiatria Rio Gd. Sul vol.30 no.2 Porto Alegre May/Aug. 2008)

IDH E SUICÍDIO

O extremo oeste de SC vem apresentando um processo de urbanização nos últimos 10 anos, conforme dados do governo estadual. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que consiste em uma média de renda, educação e longevidade, está entre os níveis médio e alto, sendo um dos maiores do país (Rev. Psiquiatria Rio Gd. Sul vol.30 no.2 Porto Alegre May/Aug. 2008)

NÍVEIS DE SUICÍDIO

Um estudo publicado pela OMS classificou a mortalidade por suicídio em quatro níveis, conforme o coeficiente apresentado:
1) menor que 5/100.000 - baixo;
2) entre 5 e 15/100.000 - médio;
3) entre 15 e 30/100.000 - alto; e
4) acima de 30/100.000 - muito alto


MÉTODOS DE SUICÍDIO

No Brasil, o meio mais utilizado entre os homens, segundo estudo do Ministério da Saúde, é o uso de armas de fogo (44%), e entre as mulheres, o enforcamento (41%)


Estudos no Estado de Santa Catarina apresentaram os seguintes resultados entre os anos 1980 a 2005:
“O método mais empregado para o suicídio em ambos os sexos foi o enforcamento, responsável por mais de 70% das mortes (categoria E953 na CID-9 e categoria X70 na CID-10) . O uso de armas de fogo respondeu por 13% das mortes no sexo masculino e 9% no feminino. O envenenamento, por sua vez, apresentou taxas de 5% entre os homens e 11% entre as mulheres.” (Rev. Psiquiatria Rio Gd. Sul vol.30 no.2 Porto Alegre May/Aug. 2008)

SUICÍDIO NO RIO GRANDE DO SUL

Leal em sua Obra “Suicídio, honra e masculinidade na cultura gaúcha.” Cad Antropologia UFRGS. 1992;07-14 destaca que o enforcamento é um fenômeno intimamente ligado à cultura gaúcha. Segundo a autora, o suicídio pode ser visto como uma saída honrosa para o homem gaúcho que de alguma forma teve a sua honra ferida, e o enforcamento seria uma forma "masculina" de morrer.

domingo, 15 de novembro de 2009

ESTATÍSTICAS DE SUICÍDIO

Em 2005 Japão, Finlândia e França encabeçam a lista das naçoes com maio indice de suicídio por 100 mil habitantes. É de especial interesse que o suicídio não esta relacionado com a pobreza na nção, porque os maiores índice de suicídio são em países ricos



ESTADO DE SANTA CATARINA





OMS E SUICÍDIO

DADOS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE SOBRE SUICÍDIO

Dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que as mortes por suicídio aumentaram 60% nos últimos 45 anos; o coeficiente de mortalidade mundial por suicídio no ano de 1995 foi de 16 casos/100.000 habitantes1. As estimativas da OMS apontam que cerca de 1 milhão de pessoas cometeram suicídio no ano 2000, o que representaria uma morte a cada 40 segundos2.

SUICIDIO POR PRECIPITAÇÃO

Texto do Escriba Valdemir Mota de Menezes:

Inicio este triste documentário pedindo a Deus que dê forças aos familiares que perderam seu ente-querido para o suicídio. Ao mesmo tempo repreendo os espíritos malígnos que agem na Terra incitando as pessoas ao suicídio.

O mêtodo de suicidar através da precipitação tem ocorrido ao longo da história da humanidade, onde antigamente quando nao havia construções humanas de grande altitude, as pessoas se precipitavam de penhascos e até mesmo de grandes árvores.






Abaixo uma sequencia de fotos de uma jovem que no Estado de São Paulo precipitou no vão livre um um shopping center, esta modalidade de morte espetacular, tem sido uma cena mais frequente e causa grande comoção social. O suicida deixa impresso no piso de um local de grande fluxo a marca do seu sofrimento interior.






















Homem Pula do 15º Andar em Maringá - Paraná - PR







Na cidade de Juiz de Fora/Minas Gerais, este homem se precipitou do prédio e morreu esfacelado embaixo. Lamentávelmente este método esta cada vez mais sendo empregado nos grandes centros urbanos, devido o grande número de prédios o que facilita o emprego deste método de suicídio. Devemos dar mais atenção as pessoas deprimidas, uma intervenção de uma pessoa sensível aos problemas do próximo pode evitar tragédias como estas.